“Por trás de todo comportamento existe uma necessidade.” Marshall Rosenberg

Essa maneira de pensar nos permite enxergar além do comportamento e assim, identificar o que de fato está gerando conflito, caminhando para uma discussão mais saudável, sem ataques, julgamentos e rotulações, que são barreiras para a conexão.Quem sistematizou a Comunicação Não Violenta foi o psicólogo americano Marshall Rosenberg, na década de 1960.
Segundo Marshall algumas atitudes podem ser tomadas por quem quer iniciar uma comunicação melhor com os outros e consigo mesmo. Essas ações têm tudo a ver com um processo de tomada de consciência interna (do que está acontecendo dentro de mim) e externa (o que está acontecendo com o outro-empatia) e após tentamos resolver o que tiver que ser resolvido dos nossos conflitos. Nesse processo, podemos seguir alguns passos que nos ajudam a ter conversas mais saudáveis:

  1. Observação: observar sobre as ações ou falas da pessoa que estão nos incomodando ou gerando conflito, em uma discussão ou sobre alguma situação que esteja incomodando. Essas observações precisam ser baseadas em fatos, e não em nossas interpretações e julgamentos acerca do que a pessoa quis dizer com suas atitudes, mas sim, o que de fato ela fez ou falou.
  2. Sentimentos: Depois de observar o que causou o conflito, podemos nos voltar para nós mesmos, percebendo e identificando os sentimentos surgem em função das atitudes da pessoa. Estamos sentindo raiva? Frustração? Medo? Preocupação? Alívio?
    O objetivo aqui não é retirar a responsabilidade do outro, mas sim permitir aumentar suas chances de ser escutada.
  3. Necessidades: Após nomear esses sentimentos, podemos então identificar as necessidades que são apontadas por eles. Se estamos nos sentindo frustrados, qual foi a necessidade que não foi atendida e que gerou essa frustração?

Comunique suas necessidades se responsabilizando por elas, por exemplo, em vez de dizer “estou irritada porque vocês não ajudam na organização da casa” você pode entender quais necessidades suas não estão sendo atendidas e comunicá-las “estou irritada porque eu estou cansada e gostaria de chegar em casa e encontrá-la limpa.
Cooperação é algo importante para convivermos bem e gostaria de conversar sobre os acordos que vão nos ajudar a conviver melhor aqui em casa”

  1. Pedido: Depois de entendermos melhor o que precisamos, podemos fazer ao outro um pedido claro para nossas necessidades sejam atendidas. Na conversa, todas essas questões podem ser trazidas à tona, para que fique claro o que está se passando entre nós e o outro. Isto é, podemos comunicar a ele as nossas observações, a partir do que ele fez ou falou, depois explicar o que sentimos a partir dessas atitudes, bem como do que precisamos e não está sendo suprido e então, fazermos um pedido claro do que queremos.

A Comunicação Não Violenta é um convite para termos conversas assertivas levando em conta os meus sentimentos sem deixar de considerar o outro.
Nem sempre as pessoas entendem de fato as nossas necessidades, por isso a CNV proporciona esse diálogo mais leve e encorajador.
Para que um vínculo de confiança se estabeleça precisamos comunicar nossas necessidades e pedidos de maneira que as outras pessoas tenham clareza sobre o que precisa ser feito, para que não sejam feitas interpretações equivocadas da realidade.

Dalila Silva
Psicóloga

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